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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Alforria

Alforria eu quero sim.
Escrava do meio que sempre fui,
mereço um descanso no 7° dia
onde deitarei minhas costas enfim.

Cansada da mesmice
da falta do que fazer,
do excesso de trabalho
que nunca parece ter.

O ditado que diz,
no meio da multidão 
porém sozinho então,
agora faz sentindo.

É necessário rever,
ponderar maresias,
conter a fúria,
inventar poesias.

Queria ser loira,
pelo menos por um dia.
Mas nasci do índio,de pele vermelha,
de pele macia...

O Brasil que me dava gosto
já não me prende mais.
Quero cair no mundo,
eu,eu mesma e meu desgosto.

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