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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Corpo,mente e coração

Corpo de mulher
cabeça de idosa
coração de menina...
até quando vou ter medo de sair sozinha?
Belo são seus horizontes
que se entrelaçam pelas avenidas
e no meio de seus montes
muitas vidas corridas.
Por que minha história se repete?
As neuras fazem parte do meu dia...

domingo, 18 de novembro de 2012

Não

Um "não"muda uma vida.
E é por isso que as pessoas vivem.
Um talvez destrói qualquer mudança
que alguém haveria de ter.
E é por isso que eu não presto.
Não nego minhas dores,
mas também não as enalteço como bandeira da experiencia.
É vago demais achar que,
um simples não pode servir como bagagem.
É bobagem demais achar que
qualquer pessoa pode contribuir para o nosso
crescimento.
Que de maneira mais do que rápida,
decepa cabeças,uma a uma,
por minuto.
Não há autores o suficiente para me dizer
que mau eu fiz para esse mundo
que nada do que eu faça
serve como motivação
para mudar minha condição
de pobre vilã.
E a vilã,feita de matéria livre,
se torna escrava de sua condição
de não sabe distinguir o que é certo e errado
e nem sequer entende que
a vida é muito mais que um simples "não".

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cresça

Cresça e entenda,
que se cair do chão não passa.
Que por amor não morre
e muito menos se mata.
Que viver é lúdico
desdém do passado.
Em prol de um futuro
que deveras amargurado
de volta com intuito
de amar sem ser amado.

Quando criança em BH
eu sentia um frio na barriga
de menina acuada,
naquele beco sem saída.
E prendia a respiração
com jeito de que ia acabar
toda vida que eu tinha
todo um tempo para amar.

E sem medo eu vivi
cada lado da minha vida
cada passo que eu dava
cada boca que beijava
cada calor que eu sentia.
Eu mesma me amargurava
na insegurança do meu dia
de não conseguir viver
cada ano dessa sina.
E no final de tudo
desse vasto vasto mundo
que um dia foi de Deus
e agora é meu
e de todo mundo.

domingo, 11 de novembro de 2012

Tarde Cinza

É tão color-feito a ausência,
de cor,
de amor,
de movimento.

Impossibilita o afago,
nas tardes cinzas,
de Edith Piaf,
do chá das 5.

Os meus olhos semicerrados,
no colo do destino.
No sol entre nuvens
dos beijos sem sentido.

Mas o que me agrada
é isso.
É o azul do céu
e o cinza do seu coração.

Estados ininterruptos de consciência,
ausência,
demência.
Apenas uma tarde cinza.