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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Brasão de Centúria

E nas velhas tarde de Outono,
onde ninguém imaginaria ouvir,
um ruido vindo do calabouço,
o preso tentando sair.

E como se não bastassem as horas ali percorridas,
o cansaço no rosto,
a fome avassaladora,
a veia comprimida...

Nos corredores da masmorra
um sussurro se esvaia,
da noite medonha,
o vento rugia.

Os soldados,
que fardos!
Deveriam ser os primeiros a levantar.
Mas continuam dormindo
e vivem na aurora a sonhar.

Enquanto o prisioneiro
pelas escadas corria
aflito de devaneios,
com mais medo se sentia.

Mas o medo perece
no coração dos desavisados.
Na dor em calafrio,
de homem desbravado.

E encontra-se com a liberdade,
da mente do vigia,
dos soldados de longa data,
daquela famosa mentira.

E por ai correu,
horas e horas na floresta,
e viver por ser livre,
é somente o que lhe resta.


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